SÃO PAULO - Dois casos de agressão contra policiais militares foram registrados neste domingo. No centro, cinco rapazes de uma gangue de skinheadas armada com soco inglês e barra de ferro espancaram um cabo da Polícia Militar na Rua Augusta, na Consolação. Ele teve o rosto desfigurado e passou por cirurgia plástica. Em Itapecerica da Serra um policial militar foi encontrado morto, com vários tiros, em um veículo Zafira estacionado numa rua do bairro Ressaca. A polícia suspeita de roubo. O policial, que não estava fardado, fazia parte da equipe de segurança do governador José Serra.
O cabo agredido tem 40 anos, estava fora do horário de serviço e foi ajudar um jovem negro que estava sendo humilhado e intimidado pelo bando. Segundo a Polícia Militar, os agressores são skinheads. Três deles foram presos e levados ao 4º distrito policial. O cabo ficou com o rosto desfigurado por causa das agressões e precisou passar por uma cirurgia facial ainda na madrugada na Santa Casa de Misericórdia, onde foi socorrido. O estado de saúde dele é estável.
A sessão de espancamento aconteceu na altura do número 778 da Rua Augusta. De acordo com a PM, o cabo passava pelo local e viu a gangue provocando o rapaz negro, que era ofendido com expressões racistas.
- O policial foi pedir para o grupo parar de ofender o rapaz e acabou recebendo um golpe por trás, afirmou a tenente Jaqueline Ferraz de Paiva, do 7º Batalhão.
Com o golpe, que teria sido dado com a barra de ferro, o cabo foi ao chão. Um ciclista viu a gangue ao redor do cabo caído e avisou a própria tenente, que estava 500 metros à frente da Rua Augusta com uma equipe da Força Tática da PM detendo três usuários de drogas e três traficantes que portavam cerca de 75 cápsulas de cocaína.
Testemunhas indignadas com a ação da gangue apontaram os agressores, que tentaram fugir correndo do local. Segundo Jaqueline, dois dos rapazes resistiram à prisão mesmo com a presença de cerca de 20 PMs e de seis seguranças de boates que resolveram ajudar a polícia. Com os agressores foram apreendidos um soco inglês e uma barra de ferro. Somente um deles, Cley dos Passos Costa, de 28 anos, portava documentos. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio e injúria.
Há um ano,um garçom foi moto a facadas por um grupo de skinheads nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Uma garota pediu fogo ao rapaz e como ele disse que não fumava, ela chamou os amigos que o agrediram com uma faca.
Polícial militar levou tiros na cabeça e barriga
O corpo do policial militar Hélio Teshima Júnior, de 26 anos, foi encontrado por policiais no banco do passageiro de um Zafira preto, que estava com os faróis ligados e estacionado na fixa direita da Estrada do Mosteiro Nossa Senhora da Paz, no bairro Ressaca, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. Ele não estava fardado.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o caso aconteceu por volta de meia noite e dez minutos. A polícia foi chamada depois que algumas pessoas ouviram tiros na Estrada do Mosteiro e viram duas motos fugindo do local onde o carro foi encontrado. Quando os policiais chegaram ao local, eles acharam o policial já morto. Ele recebeu tiros na cabeça, na região lombar e na barriga. Hélio não estava fardado, mas os policiais encontraram sua carteira funcional. As duas armas do militar - um pistola .40 e uma 380 - não foram localizadas e a polícia acredita que elas foram roubadas.
Depois de feita a perícia no veículo, os policiais encontraram digitais nos vidros, que podem ajudar na investigação. O carro, que está em nome de uma mulher, foi apreendido. A mulher está bem, mas não se sabe se ela estava com o policial no momento do crime, já que a polícia não passou detalhes da investigação. Até agora ninguém foi preso.

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